sexta-feira, setembro 08, 2006

Vc quer saber como foi o show?

Catarse Coletiva

Noite de sexta-feira na Ilha de casos e ocasos raros. A chuvinha chata do primeiro dia de setembro persistia. Tudo bem, dei uma corridinha do estacionamento até a porta da Creperia Nouvelle Vague e quase não me molhei, apesar de ter ficado com dor no baço. Boas lembranças: estive pela última vez nesse lugar há exatos dez anos, quando assisti a um show do Daniel Lucena e comi crepe de sorvete. Hoje eu ia ver a estréia do ARENA, um grupo de hard rock com ótimas referências, e comer crepe, obviamente. Sim, tem gente que sai pra tomar chope; eu saio pra comer crepe.
Movimento fraco nos dois primeiros ambientes: um casalzinho aqui, outro casalzinho ali, um grupinho da terceira idade num canto, meia dúzia de yuppies mais adiante, etc. Em compensação, no fundão da casa, onde tinha palco montado, barzinho e meia-luz, os fãs do “rock farofa” (ou “hair metal”, como queiram) já disputavam os melhores lugares pra não perder nada do que vinha pela frente. E o que vinha pela frente era Breaking All The Rules, do Peter Frampton.
Rogério Otto, o “Devil”, no vocal, Juliano Diniz e o lendário Douglas Narcizo nas guitarras, Eduardo Stéfani no baixo, Felipe Bampi nos teclados e Antônio Murara na bateria, logo de cara deixaram clara a proposta do ARENA: provar que o rock dos anos oitenta ainda é infinitamente superior a tudo que surgiu nas décadas seguintes. Love Ain’t No Stranger (Whitesnake), na seqüência, parecia um playback, de tão bem executada. Eye of The Tiger, do Survivor, imediatamente trouxe recordações de Rocky, O Lutador, assim como The Power of Love (Hue Lewis) nos mandou a todos De Volta para o Futuro. Até na escolha de canções improváveis a banda acertou: Born To Be My Baby, a única grande música do Bon Jovi, por acaso, ficou excelente. Em parte por que Rogério Devil, o “Otto”, muito provavelmente, é o melhor vocalista de rock de Santa Catarina, sou capaz de apostar.
Antes do fim do primeiro bloco ainda teve mais Whitesnake, Journey e (como não poderia deixar de ser) Van Halen, com a clássica Jump. Douglas e Juliano, aparentemente possuídos, encarnavam o velho Eddie, enquanto Murara, Stéfani e Bampi garantiam “tapas na orelha” de um público entusiasmado e caloroso. Pausa para o crepe. Recomendo o Coyote, que vem com bacon, queijo e ovo.
Pouco depois da uma da madrugada, o povo se rearranjando pra esperar a volta da banda, reparei que era o Marcelo Passos quem comandava a mesa de som. Tava explicado o porquê dos instrumentos tão bem equalizadinhos e dos graves na medida certa. O gordinho é o cara!
Don’t Stop Believin’ (uma das melhores músicas já feitas, na minha modesta opinião), do Journey, abriu caminho para outras maravilhas: Throwaway, do segundo disco solo do Mick Jagger; Is This Love, a do Whitesnake, não a do Bob Marley; Rebell Yell, do Billy Idol, que ganhou mais peso nas mãos do grupo; e até You Really Got Me, do Kinks, versão do Van Halen. Na hora do bis, já que ninguém ia arredar pé mesmo, Otto Devil, o “Rogério”, conclamou a turma entre trinta e quarenta para entoar o hino Livin’ On a Prayer. Por pouco, muito pouco, não me pegaram cantarolando Bon Jovi discretamente.
Duas em ponto, fim de festa. Não houve quem não saísse da Nouvelle Vague sem um sorriso no rosto. O show do ARENA lavou a alma de alguns, estourou os tímpanos dos desavisados, enfim: mesmo depois de tudo, dando um pique pra fugir da chuva e chegar ao carro antes de sofrer uma parada respiratória, foi bom demais descobrir que em Floripa existe uma banda cover muuuito mais legal do que todas as outras juntas.

Alessandro Dogman dogman@uol.com.br

domingo, setembro 03, 2006

Sucesso absoluto!

Assim foi a estréia do ARENA nos palcos, para as mais de 200 pessoas que compareceram na Creperia Nouvelle Vague nesta sexta-feira.
A noite chuvosa não atrapalhou a presença dos amigos para ver a banda desfilar duas dúzias de alguns dos sucessos do hard rock dos anos 80. Um público animado, a banda afiada e o som cuidadosamente tratado para não ultrapassar o limite da casa - que, apesar de pequena, conseguiu comportar o evento.
A grande surpresa ficou por conta da grande receptividade, já no bis, às músicas da banda Bonjovi. Todos cantaram com muita empolgação o refrão de "Living on a Prayer", dando gás para a banda continuar com mais um par de sons antes de encerrar a noite.
O Arena agradece muito a presença de todos os amigos e fanáticos por Rock, às esposas e namoradas que suportam essa nossa vida, ao Eduardo (som) e ao Marcelo por proporcionarem a melhor qualidade técnica possível - dadas as circustâncias - e ao Geraldo e ao Frank por abrirem a Creperia para o nosso debut.
Estaremos de volta em breve. Agora que começou, não para mais.
Amplexos.